Vou relatar um fato que ocorreu quando entrei no elevador do prédio onde trabalho. Estávamos ainda no andar térreo quando entrou um grupo de 5 pessoas. Dentre elas havia uma senhora muito mal humorada reclamando de tudo. Ela mal olhou para as outras pessoas naquele recinto e se indispôs com o ascensorista sem motivo algum.
Ao chegar o andar daquela senhora, ela desceu “pisando duro”. Ao meu lado havia um senhor de meia idade segurando na mão uma sacola que continha vários exames. Este senhor vendo aquela senhora sair do elevador daquele jeito, fez o seguinte comentário: “ela está perdendo um tempo precioso se irritando e sendo grosseira, eu também já fui assim, crítico, exigente, rancoroso até que percebi que não valia a pena. Mas foi um pouco tarde pois estes exames revelaram que tenho um tumor grave e expectativa de vida pequena. Se eu tivesse a oportunidade, faria tudo diferente, porém agora não tenho mais tempo. Os anos passaram e não percebi que estava investindo contra mim mesmo. Espero que o destino desta senhora seja diferente do meu”.
Ao chegar o andar determinado por ele e antes que eu pudesse dizer alguma coisa ele saiu do elevador eu fiquei por alguns minutos pensando naquele episódio. Lembre-me de uma frase de Oscar Niemeyer que diz: “A vida é um sopro, um momento. A gente vem aqui, conta uma história e vai embora...”
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