Vivemos no capitalismo, e sem perceber, somos estimulados a comprar o tempo todo. Adquirimos o que realmente é preciso e também o que apenas desejamos, mesmo que não seja tão necessário.
Num determinado dia estava eu fazendo compras num supermercado, andando pelos corredores, escolhendo o que comprar, e de vez em quando encontrava com um garoto de aproximadamente sete anos de idade, com um carrinho menor, escolhendo produtos também. Olhei para ele e observei que pegava chocolates, balas e muitas guloseimas. Enquanto isto, sua mãe, com um carrinho maior, escolhia também o que comprar. Ela encheu por completo seu carrinho com produtos de qualidade e marcas famosas.
Ao terminar minhas compras, fui para fila do caixa, e enquanto aguardava minha vez, observei ao lado, o garoto que outrora tinha visto, com seu carrinho bem cheio. Inquieto, ainda buscava alguma coisa próxima do caixa. Embora estivesse um pouco acima do peso, ele escolheu muitos doces e biscoitos. Sua mãe ao passar as compras, olhou para o carrinho do filho e ficou brava, dizendo que ele tinha pegado muitas coisas. O menino se defendeu falando que só pegou o que era “importante”. Na tentativa de fazer um acordo, ela disse:
— Devolva alguma coisa para a prateleira e eu o levarei ao McDonald’s para fazer um lanche!
O menino ficou empolgadíssimo com a proposta, entretanto disse para ela:
— Então quero dois sanduíches!
Nisso, a mãe respondeu:
— Nesse caso devolva mais alguma coisa!
O menino ficou confuso, porém pensando no lanche, obedeceu. Após o acordo feito, foram embora.
Moral da história: provavelmente este garoto continuará gordo e guloso porque foi muito mal orientado.
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